Hoje
Eu quero escrever e escrever. O tempo todo. Mas sobre o que? Não quero falar de mim como mais uma estrela cadente, decadente, pos-moderna, auto-centrada.
No entanto, tudo que escrevemos é um reflexo de quem somos. Então pra' quê fingir?
A sutileza da metafora... as camadas sobrepostas são mais poéticas, certo, do que a luz do dia brilhando na cara da gente, nos fazendo fechar os olhos à la Clint Eastwood, fazer careta pra não queimar a retina.
Não é ser vago querer ser menos brutal. É querer ascender uma vela pra iluminar calmamente a realidade ao invés de ligar o holofote.
E ainda assim...
Ha' coisas que não resistem à clareza. Ser aberto e direto é mais dificil, mas libera. Liberta.
E de quê falo?
Isso pode se aplicar à muita coisa, não somente questões pessoais mas também à apreciação artistica, literaria... Porém, talvez sobretudo às relações humanas, tanto amigaveis quanto amorosas e/ou familiares.
Ser direto é mais difìcil, mais doloroso às vezes.
Mas liberta.
Ser oblìquo é menos egoìsta, mas mais trabalhoso. Requer mais memoria, mais maquinação. Mas poupa. O outro, à si proprio; todos. E porque cargas d'agua terìamos que dizer TODA a verdade o tempo todo? Temos a liberdade de pensar e de querer, porquê não de agir também, até certo ponto, sem que ninguém saiba?
O que os olhos não vêm o coração não sente.
1 comment:
This lady looks a little like you only not so pretty
Post a Comment